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Lentes de contato ou óculos? Compare e descubra o que mais combina com você
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Sempre usou óculos de grau e acha que as lentes de contato não são para você? Talvez não seja bem assim. Atualmente, as lentes são produzidas com materiais mais confortáveis e que facilitam o processo de adaptação de novos usuários. Ainda assim, fica a dúvida: será que os óculos são realmente melhor do que as lentes?
Na dúvida, a dica é conhecer mais sobre cada um deles e escolher o que melhor se encaixa à sua rotina, sempre contando com o auxílio de um oftalmologista. Para te ajudar a entender os principais pontos positivos de lentes de contato e dos óculos de grau, reunimos abaixo as principais diferenças entre eles.
Para erros refrativos
No caso de miopia e astigmatismo, por exemplo, as lentes de contato costumam ser mais assertivas por ficarem bem próximas à córnea e permitirem um campo de visão maior em comparação aos óculos.
“O grau muda porque com os óculos existe a distância vértice (entre a córnea e a lente) e quando a lente de contato está encostada na córnea ela elimina esse espaço. A lente de contato no geral dá uma visão melhor do que óculos por causa dessa distância e das extremidades que não são obstruídas”, explica a oftalmologista Andréia Lopes, da Clínica de Olhos São Francisco de Assis, do Rio de Janeiro.
Além disso, a oftalmologista Letícia Sant’Ana, da Cia. da Consulta, ressalta que em casos de ceratocone as lentes são, sem dúvida, a melhor opção de correção, já que modelam a córnea.
Os óculos de grau, por sua vez, são mais recomendados para quem sofre com olhos secos e conjuntivites, condições que deixam os olhos mais sensíveis e inaptos para as lentes de contato.
Adaptação
Adaptar-se às lentes de contato é muito mais simples do que alguns imaginam. Após determinar o melhor tipo de lentes para a sua necessidade, o oftalmologista pedirá exames e um teste de adaptação para saber se você está apto a usá-las.
“Dependendo da precisão, o paciente precisará de um tempo de adaptação, mas no geral, ela é tranquila e rápida. Porém, é fundamental que o oftalmologista conheça o paciente, qual atividade ele exerce e seu dia a dia. Isso tudo ajuda no processo de adaptação, na prescrição da receita e determina o modelo de lentes ou de óculos que ele precisa”, ressalta Letícia Sant’Ana.
O tempo médio de adaptação é de 15 dias, podendo variar de pessoa para pessoa. Quem escolhe os óculos tende a se adaptar mais rapidamente, com exceção dos modelos multifocais, que podem ter um prazo um pouco maior.
Nesses casos, vale lembrar que as lentes de contato também podem ser utilizadas para corrigir presbiopia e outros problemas de visão para perto e longe, simultaneamente. As lentes multifocais contam com o mesmo processo de adaptação das demais.
Quando voltar ao oftalmologista
Independentemente do método escolhido, a consulta com o oftalmologista deve fazer parte da rotina de quem tem algum tipo de erro refrativo. Para aqueles que utilizam óculos, as consultas costumam acontecer anualmente, para a verificação do grau. A frequência com as lentes, por sua vez, é um pouco diferente, como explica Andréia Lopes.
“Ao usar a lente, o acompanhamento deve ser um pouco maior. É um corpo estranho no olho, então, tudo deve analisado ser mais de perto. Sendo assim, recomenda-se que a visita ao oftalmologista seja ser feita a cada seis meses no primeiro ano, depois uma vez por ano”, diz a especialista.
Prática de esportes
Quando falamos em atividades físicas e esportes em geral, as lentes de contato são a principal indicação dos especialistas, uma vez que os óculos podem entrar em contato com objetos, cair e até mesmo causar acidentes. Geralmente, para evitar esse tipo de conflito, os óculos são retirados, o que não precisa acontecer com as lentes.
Maquiagem
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não há contraindicação para o uso de maquiagem. No caso das lentes de contato, elas são preferidas por quem gosta de caprichar no visual, já que elas não escondem a pálpebra e as sobrancelhas, como ocorre com os óculos.
Para quem usa lentes, a recomendação dos especialistas é a de colocá-las antes de aplicar a maquiagem. A segunda dica é dar preferência para as maquiagens pastosas, evitando que o pó dos cosméticos entrem em contato com os olhos e causem desconforto ou alergias.
Durabilidade
Os óculos podem, sim, durar mais se conservados corretamente. Por outro lado, de acordo com a oftalmologista Letícia Sant’Ana, é possível optar por lentes de contato com diferentes prazos de validade e materiais de confecção, que se adequam à rotina do usuário.
“As lentes rígidas, gelatinosas e tóricas são as mais comuns atualmente, variando os ciclos de descarte. Esse tipo de descarte se refere a quantos dias o usuário terá até precisar trocá-las. Nesse sentido, temos as de descarte diário, que diminui o risco de infecções oculares, as de descarte quinzenal, mensal, trimestral e anual”, esclarece a especialista.
Com exceção das lentes de descarte diário, as demais opções precisam ser devidamente higienizadas e armazenadas para que durem o prazo estipulado pelo fabricante, sem oferecer riscos à saúde.
Fins estéticos
Com a grande variedade de lentes de contato e armações para óculos, a escolha depende apenas do usuário. Mesmo que não haja a necessidade de corrigir erros refrativos, a indicação do melhor acessório deverá partir prioritariamente do médico oftalmologista.
Ainda tem dúvidas sobre qual escolher?
Para quem ainda tem dúvidas, ter as duas opções à disposição pode ajudar. Além disso, de acordo com a oftalmologista Andréia Lopes, mesmo quem prefere usar lentes de contato deve possuir um óculos para situações emergenciais ou um par extra de lentes de contato.
“As lentes têm que ser descartadas e não podem ser usadas muitas horas por dia. Então, ao chegar em casa, retire as lentes e não ultrapasse o período máximo de 12 horas de uso”, sinaliza Letícia Sant’Ana.